Não saber programar é o analfabetismo do futuro

Imaginar que ainda hoje há pessoas incapazes de ler e escrever é doloroso. Habilidades de leitura e escrita devem ser universais. No entanto, quase ninguém fica incomodado em saber que a maioria das pessoas não sabe programar. Linguagens de programação são dominadas por um percentual ínfimo da população. O que dói mais, nesse caso, é que a questão não esteja no centro da pauta das políticas educacionais.

Assim como o analfabetismo foi tolerado por muito tempo, vivemos o momento em que ainda se aceita que a maioria das pessoas não saibam nada de programação.

A consequência disso é que nosso modo de vida, cada vez mais dependente de códigos, está sendo “desenhado” por uma minoria. Sem entender ao menos o básico, não dá sequer para opinar se um sistema deveria ser feito de um jeito ou de outro. Resta apenas o papel de “usuário”, desprotegido e desinformado quanto às decisões que são tomadas sobre sua vida.

Para mudar isso há uma série de iniciativas surgindo. Por exemplo, o Code.org, campanha apoiada por gente como Bill Clinton ou o rapper Will.i.am. O ponto é defender a ideia de que todo estudante deveria ter a oportunidade de aprender programação já na escola. Outras iniciativas como a CodeAcademy.com partem para a prática: oferecem ferramentas para ensinar programação on-line, para qualquer idade.

O que está em jogo aqui é o futuro da organização social. A tecnologia abre possibilidades extraordinárias de participação na vida pública. Só que saber um mínimo de programação é o requisito para que a ideia de democracia se perpetue.

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JÁ ERA
O mundo sem drones

JÁ É
A popularização dos drones aéreos

JÁ VEM
Drones aquáticos

ronaldo lemosRonaldo Lemos é diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro e do Creative Commons no Brasil. É professor de Propriedade Intelectual da Faculdade de Direito da UERJ e pesquisador do MIT Media Lab. Foi professor visitante da Universidade de Princeton. Mestre em direito por Harvard e doutor em direito pela USP, é autor de livros como “Tecnobrega: o Pará Reiventando o Negócio da Música” (Aeroplano) e “Futuros Possíveis” (Ed. Sulina). Escreve às segundas na versão impressa do “Tec”.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ronaldolemos/2013/11/1365651-nao-saber-programar-e-o-analfabetismo-do-futuro.shtml

USP, Unesp e Unicamp colocam produção científica na internet

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A produção científica das universidades de São Paulo (USP), Estadual de Campinas (Unicamp) e Estadual Paulista (Unesp) poderá ser encontrada e acessada livremente em breve em um único portal na internet.

Trata-se do Repositório da Produção Científica do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas, lançado durante a sessão de abertura da 4ª Conferência Luso-Brasileira de Acesso Aberto (Confoa), dia 6 de outubro.

Criado por iniciativa e com apoio da FAPESP, alguns dos objetivos do portal são reunir, preservar e proporcionar acesso aberto, público e integrado à produção científica dos pesquisadores das três universidades estaduais paulistas, que são as que mais publicam artigos científicos no país, de acordo com a última edição do SIR World Report, divulgada em julho pela Scimago Lab.

O portal reunirá teses, dissertações, artigos, livros, resumos e trabalhos completos apresentados em reuniões e congressos científicos, entre outras publicações disponibilizadas pelas três instituições nos repositórios de dados na internet que começaram a desenvolver nos últimos anos.

“A USP começou a criar em 2009 um sistema de gestão de sua produção científica em meio eletrônico – que envolve acesso ao conteúdo, preservação digital e, principalmente, o controle dos direitos autorais – e, no final de 2012, lançou sua Biblioteca Digital da Produção Intelectual”, disse Sueli Mara Soares Pinto Ferreira, diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) da USP, à Agência FAPESP.

“Uma vez que fomos a primeira das três universidades estaduais paulistas a iniciar esse processo, a FAPESP começou em 2012 a conversar conosco sobre a possibilidade de desenvolvermos uma estratégia para possibilitar que, além da USP, a Unesp e a Unicamp também tivessem seus repositórios e para criarmos um portal do Cruesp [ Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas] que reunisse os repositórios das três instituições”, contou Ferreira.

A metodologia utilizada na construção da Biblioteca Digital da Produção Intelectual da USP foi seguida pela Unesp para desenvolver seu Repositório Institucional , lançado em fevereiro.

Por sua vez, a Unicamp também começou a desenvolver a sua Biblioteca Digital da Produção Científica e Intelectual, que atualmente está incubada no Sibi da USP e deve migrar, em breve, para o servidor da universidade campineira.

Agora, com os repositórios das três universidades paulistas prontos para operar, a ideia é integrá-los pouco a pouco no portal do Cruesp que conta com uma ferramenta de busca já utilizada pela USP para integrar as bibliotecas digitais de suas unidades.

“A ferramenta de busca do sistema se conecta todos os dias com os repositórios das três universidades, extrai os dados armazenados, desduplica [elimina os duplicados] e os insere na base do portal do Cruesp para que possam ser acessados pelos usuários”, afirmou Anderson de Santana, gestor de acervos do Sibi da USP e um dos pesquisadores participantes do projeto.

Por enquanto, o portal do Cruesp reúne cerca de 56 mil artigos científicos, publicados entre 2008 e 2012 em revistas indexadas na Web of Science. De acordo com os coordenadores do projeto, a meta é publicar artigos científicos também incluídos em outros indexadores científicos, como o Scopus, além de outros tipos de publicações, como livros, resumos e trabalhos completos apresentados em reuniões e congressos científicos.

Individualmente, as bibliotecas digitais das três universidades já vêm trabalhando com outros conteúdos, que não apenas artigos científicos.

A biblioteca digital da USP, por exemplo, já dispõe de vídeos e dá acesso ao portal de teses da universidade – o maior do país, que será integrado ao portal do Cruesp. O repositório da Unesp também possui, além de artigos, recursos educacionais, livros e teses, entre outros materiais.

“Esses cerca de 56 mil artigos já incluídos no portal do Cruesp representam apenas o embrião do projeto e uma infraestrutura básica para iniciar os trabalhos”, disse Ferreira. “A ideia é que as bibliotecas digitais das três universidades comecem a inserir, a partir de agora, cada vez mais materiais no portal.”

Desse total de artigos, 29 mil foram publicados por pesquisadores da USP, 25 mil pela Unesp e outros 2 mil pela Unicamp – que ainda possui poucos artigos no portal porque iniciou mais recentemente a gestão de sua produção científica na internet.

Muitos desses trabalhos foram escritos em coautoria – reunindo pesquisadores de mais de uma das três instituições – e são registrados e armazenados no portal do Cruesp como documentos únicos.

“Os artigos que estão armazenados nos repositórios das três universidades só aparecem uma vez no portal, porque não faria sentido registrá-los três vezes”, explicou Ferreira.

“Se fôssemos somar o conteúdo dos três repositórios, daria mais de 60 mil documentos. Mas, 56 mil documentos únicos já é um número muito expressivo e tende a crescer muito”, avaliou.

Do total de 56 mil artigos já armazenados no portal do Cruesp, 70% estão disponíveis em acesso aberto e os outros 30% ainda são de acesso restrito às universidades – que são assinantes das respectivas revistas nas quais os trabalhos foram publicados – ou estão embargados pelas editoras para publicação em acesso aberto.

De acordo com os coordenadores do projeto, uma das vantagens da integração dos repositórios das três universidades estaduais paulistas no portal do Cruesp é facilitar o acesso e a busca de informação pelo usuário, que não precisará pesquisar nas bases de dados individuais das três universidades para encontrar um determinado artigo científico.

Além disso, o portal possibilitará gerar outras informações que não poderiam ser encontradas facilmente nos repositórios individuais das universidades, como os trabalhos feitos em colaboração.

O principal benefício do portal, no entanto, será instituir uma política de publicação de trabalhos científicos em acesso aberto no Estado de São Paulo, ressaltaram os participantes de uma mesa-redonda sobre políticas públicas de acesso aberto realizada no dia 7 de outubro, que integrou a programação da 4ª Confoa.

“O lançamento do Repositório da Produção Científica do Cruesp é essencial para o funcionamento de uma política de publicação de resultados de pesquisas científicas financiadas com recursos públicos em acesso aberto, como a que a FAPESP está instituindo, porque garante o autoarquivo de artigos publicados por pesquisadores da USP, Unicamp e Unesp nos repositórios dessas instituições, vencido o período de embargo estabelecido pelas revistas científicas nas quais os trabalhos foram publicados”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP durante o evento.

De acordo com Brito Cruz, inicialmente a FAPESP exigirá dos pesquisadores que tiveram seus trabalhos financiados pela Fundação que, após publicarem os resultados de pesquisas apoiadas nas revistas científicas que escolheram, disponibilizem o artigo em um repositório (pessoal ou institucional) de acesso aberto o mais rápido possível após o término do período de embargo (que varia de uma publicação científica para outra).

“Estamos implantando a primeira fase da política de publicação de resultados de trabalhos científicos apoiados pela FAPESP, que é relativamente suave, porque diz ao pesquisador que ele pode publicar seus trabalhos onde quiser, mas em um prazo mais breve possível deve disponibilizá-los em um repositório de acesso aberto”, avaliou.

Brito Cruz ressalvou que esse trabalho de disponibilização dos artigos científicos em repositórios de acesso aberto deve ser feito pelas próprias universidades às quais os pesquisadores estão vinculados, de modo que eles não tenham que interromper suas atividades de pesquisa por esse motivo.

“Isso tem que ser feito pelas instituições porque, se criarmos mais esse ônus para o tempo do pesquisador, ele terá menos tempo para se dedicar à pesquisa”, ponderou.

Segundo Brito Cruz, além do acesso aberto a artigos científicos de pesquisas financiadas pela FAPESP, a Fundação analisa formas de implementar o acesso aberto aos dados que geraram os resultados obtidos nos estudos para que toda a comunidade científica possa utilizá-los, como já faz o Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Recuperação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo (BIOTA-FAPESP).

Estabelecido pela FAPESP em 1999 para conhecer, mapear e analisar a biodiversidade paulista, o programa possui uma base de dados aberta – o Sinbiota –, abastecida continuamente de informações levantadas por pesquisadores que tiveram projetos financiados, como dados georreferenciados de coleta, descrição de espécies e mapas de localização, entre outras.

Experiências estrangeiras

A mesa-redonda também contou com a participação de Heather Joseph, diretora executiva da Scholarly Publishing and Academic Resources Coalition (Sparc), dos Estados Unidos, e João Nuno Ferreira, da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), de Portugal, que relataram as experiências dos respectivos países na implementação de políticas públicas de acesso aberto.

De acordo com Joseph, o National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos, foi a primeira instituição do país norte-americano a adotar uma política de acesso aberto à informação em 2009 em nível nacional.

Em fevereiro, o governo norte-americano emitiu uma diretiva estabelecendo que outras 20 agências federais do país também desenvolvessem políticas de publicação de informação em acesso aberto, de forma que o público em geral também tivesse acesso aos resultados de pesquisas financiadas com recursos públicos.

A diretiva foi resultado de uma petição pública, que coletou no prazo de 13 dias 65 mil assinaturas de defensores do acesso aberto aos resultados de pesquisas financiadas com recursos públicos, além da própria iniciativa do governo federal que, com a diminuição dos investimentos em pesquisa por causa da crise econômica, pretende mostrar aos contribuintes que os recursos do Tesouro norte-americano são gastos de maneira responsável, contou Joseph.

“Ficamos contentes com essa diretiva emitida pela Casa Branca, mas ela ainda não é uma regulamentação; trata-se de uma sugestão para as agências federais dos Estados Unidos e esses órgãos não sofrerão consequências se não adotarem políticas de acesso aberto às informações”, disse Joseph. “Queremos que o acesso aberto se torne uma lei nos Estados Unidos.”

Já em nível estadual, nos últimos meses os Estados de Illinois, Califórnia e, mais recentemente, Nova York, demonstraram interesse em implementar políticas de acesso aberto a informações geradas por suas respectivas universidades e instituições de pesquisa.

“Estamos um pouco atrasados em relação às universidades brasileiras, mas vemos um grande aumento no número de universidades norte-americanas interessadas em implementar políticas de acesso aberto à informação”, contou Joseph.

“É a primeira vez que os Estados Unidos discutem proposta de implementação de políticas de acesso aberto, ao mesmo tempo, em níveis federal e estadual e no Poder Executivo”, afirmou.

Por sua vez, a FCT de Portugal – com a qual a FAPESP assinou no início de outubro um memorando de entendimento –, anunciou a implementação de sua política de acesso aberto em outubro de 2012, durante a 3ª edição da Confoa, realizada em Lisboa.

A política da instituição estabelece que os resultados de pesquisas realizadas com financiamento total ou parcial da FCT devem ser depositadas no Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Recap) tão logo expire o período de embargo.

“O Recap tem um papel fundamental na política de acesso aberto à informação da FCT, e a comunicação de que os resultados das pesquisas financiadas pela instituição devem ser publicados posteriormente no repositório é feita ao pesquisador no momento em que submete seus projetos à FCT”, contou Ferreira.

Realizada na Biblioteca Brasiliana da USP, a 4ª Confoa terminou na terça-feira (08/10). A coordenadora da Biblioteca Virtual (BV) da FAPESP, Rosaly Favero Krzyzanowski, foi uma das autoras do relatório final da conferência.

Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/2013/10/usp-unesp-e-unicamp-colocam-producao-cientifica-na-internet.shtml

100 erros de português frequentes no mundo corporativo

De A a Z, confira os erros de português mais frequentes no universo corporativo, segundo especialistas consultados por EXAME.com

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São Paulo – Especialistas advertem: tropeçar no português pode prejudicar a sua carreira. Mas é certo também que há erros que saltam aos olhos e há aqueles que quase passam despercebidos.

A lista de equívocos frequentes no mundo corporativo é grande e é bem provável que você já tenha cometido alguns deles. Para chegar aos 100 erros, EXAME.com consultou professores de português e também o livrode Laurinda Grion “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva. De A a Z, confira os tropeços mais comuns e as dicaspara nunca mais errar:

1 A/há

Erro: Atuo no setor de controladoria a 15 anos.
Forma correta: Atuo no setor de controladoria há 15 anos.

Explicação: Para indicar tempo passado usa-se o verbo haver.

2 A champanhe/ o champanhe

Erro: Pegue a champanhe e vamos comemorar.
Forma correta: Pegue o champanhe e vamos comemorar.

Explicação: De acordo com o Dicionário Aurélio, a palavra “champanhe” provém do francês “champagne” e é um substantivo masculino, como defende a maioria dos gramáticos, explica Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional

3 A cores/ em cores

Erro: O material da apresentação será a cores
Forma correta: O material da apresentação será em cores

Explicação: Se o correto é material em preto em branco, o certo é dizer material em cores, explica Laurinda Grion no livro “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer).

4 A domicílio/ em domicílio

Erro: O serviço engloba a entrega a domicílio
Forma correta: O serviço engloba a entrega em domicílio

Explicação: No caso de entrega usa-se a forma em domicílio. A forma a domicílio é usada para verbos de movimento. Exemplo: Foram levá-lo a domicílio.

5 A longo prazo/ em longo prazo

Erro: A longo prazo, serão necessárias mudanças.
Forma correta: Em longo prazo, serão necessárias mudanças.

Explicação: Usa-se a preposição em nos seguintes casos: em longo prazo, em curto prazo e em médio prazo.

6 A nível de/ em nível de

Erro: A nível de reconhecimento de nossos clientes atingimos nosso objetivo.
Forma correta: Em relação ao reconhecimento de nossos clientes atingimos nosso objetivo

Explicação: De acordo com o professor Reinaldo Passadori, o uso de “a nível de” está correto quando a preposição “a” está aliada ao artigo “o” e significa “à mesma altura”. Exemplo: Hoje, o Rio de Janeiro acordou ao nível do mar. A expressão “em nível de” está utilizada corretamente quando equivale a “de âmbito” ou “com status de”. Exemplo: O plebiscito será realizado em nível nacional.

7 À partir de/ a partir de

Erro: À partir de novembro, estarei de férias
Forma correta: A partir de novembro, estarei de férias.

Explicação: Não se usa crase antes de verbos

8 A pouco/ há pouco

Erro: O diretor chegará daqui há pouco.
Forma correta: O diretor chegará daqui a pouco.

Explicação: Nesse caso, há pouco indica ação que já passou, pode ser substituído por faz pouco tempo. A pouco indica ação que ainda vai ocorrer, a ideia é de futuro.

Veja os demais aqui: 100 erros de português no mundo corporativo

Escola troca seguranças por professores de arte para diminuir violência

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Violência se combate com? Se você pensou em responder “violência” pare e pense. O diretor de uma escola pública do ensino médio em Boston, nos Estados Unidos ensina: violência se combate com arte.

Depois de ser considerada uma das cinco piores escolas do estado de Massachusetts e chegar ao ponto de proibir os alunos de levar mochilas por medo de esconderem armas, a Orchard Gardens adotou medidas drásticas. Demitiu a maioria dos funcionários da segurança e investiu o dinheiro na contratação de professores de arte.

O responsável pela ousadia foi o diretor Andrew Bott, contratado em 2010, quando a escola entrou para o programa Turnaround Schools, uma iniciativa do Governo Federal para recuperar instituições em dificuldade.

Bott aumentou o período de permanência na escola. Em vez de saírem as 14h30, eles passaram a ficar das 7h30 às 17h30. Além das matérias obrigatórias, os cerca de 800 estudantes passaram a ter aulas de teatro, música, dança e artes plásticas.

O resultado veio rápido. Depois de dois anos a escola saiu do ranking das piores instituições de ensino público do estado e se destacou entre as melhores. O índice de violência diminuiu drasticamente e o sucesso da nova gestão trouxe o reconhecimento para a Orchard Gardens.

De acordo com Bott, o contato com a arte motivou os alunose aguçou seu espírito empreendedor. Foi uma grande conquista para a escola que antes era conhecida como a “matadora de carreiras” dentro da rede estadual de Massachusetts.

Leia a matéria original no Hypeness.

Fonte: http://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/escola-troca-segurancas-por-professores-de-arte-para-diminuir-violencia/

Ler ficção ajuda a adivinhar pensamentos, diz estudo

 

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Refugiado sírio lê livro em campo na cidade alemã de Friedland, 27 de agosto de 2013

As obras de ficção são o tipo de literatura que mais aguça a capacidade intelectual para discernir os pensamentos e as emoções dos demais, garante um estudo de cientistas americanos publicado esta quinta-feira.

Diariamente as pessoas devem executar a difícil tarefa de detectar um sorriso falso, avaliar se alguém não se sente confortável ou medir as emoções de familiares e amigos, indicaram os autores dos trabalhos publicados na revista Science.

Este é um processo mental essencial que permite o desenvolvimento da complexa rede de relações nas sociedades humanas, que a ciência cognitiva define como “teoria da mente”, destacaram.

Para esta investigação, Emanuele Castano, professor de psicologia na New School for Social Research de Nova York, e seu aluno de doutorado, David Comer Kidd, pediram a várias pessoas para ler histórias curtas de ficção literária de qualidade, de ficção popular de menor qualidade e de não ficção.

Os leitores foram submetidos a uma série de testes destinados a medir como podiam adivinhar o que uma pessoa sentia, por exemplo, olhando a foto de uma expressão facial ou respondendo a perguntas sobre como uma pessoa com determinada personalidade atuaria sob certas circunstâncias.

Os dados revelaram que os melhores resultados foram obtidos pelos que tinham lido fragmentos de ficção literária.

O estudo revelou que o fator determinante para melhorar a capacidade de sondar a alma dos outros é a qualidade das obras de ficção, que nos experimentos se concentravam em diferentes temas, mas todas produziam o mesmo resultado.

Segundo os autores, isto se deve a que estas leituras envolvem mais intelectualmente o leitor, despertando seus pensamentos criativos, diferente do efeito da ficção popular ou de qualidade inferior.

“Assim como na vida real, os mundos descritos na literatura de ficção de qualidade estão cheios de complexos personagens cujas vidas interiores poucas vezes são facilmente discerníveis, o que requer um esforço intelectual”, escreveram os autores do estudo.

As descobertas podem ser úteis na reabilitação de presos ou ajudar a pessoas autistas a se comunicar melhor com os demais, afirmaram os cientistas.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/10/ler-obras-de-ficcao-ajuda-adivinhar-pensamentos-e-emocoes-diz-estudo.html

Lévy: ‘Não sou contra o ativismo de sofá’

Por Redação Link

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Em entrevista pelo Twitter, filósofo francês diz que petições online são uma manifestação legítima de política

Por Bruno Lupion, do Política Estadão

—-SÃO PAULO – Idealizador do termo “inteligência coletiva” e autor de livros sobre cibercultura desde a década de 90, o filósofo francês Pierre Lévy afirmou, em entrevista ao Estado nesta segunda-feira, 11, que as petições online são expressões legítimas da vontade dos cidadãos.

Ele nega que esse tipo de mobilização online seja menos legítima do que as manifestações tradicionais, como protestos na rua, e afirma ser necessário investir em alfabetização digital para elevar o nível de debate na internet.

Apesar do crescente controle da rede, tanto por governos autoritários como pelos democráticos, o professor da Universidade de Ottawa, no Canadá, acredita haver mais liberdade de expressão com a rede do que sem ela.

Lévy também prevê que o poder de reunir dados e analisá-los vai desempenhar um papel fundamental na vida política do futuro.

Confira abaixo a íntegra da entrevista, concedida pelo Twitter. Em suas respostas, Lévy fez links para outros documentos que embasam suas ideias, reproduzidos abaixo.

Qual a relevância dos abaixo-assinados online para pressionar os parlamentares?
Eu penso que seja tão relevante como os abaixo-assinados escritos. Uma petição é uma petição. Uma petição online só é mais fácil de organizar!

Sendo mais fácil, o sr. não acha que há um risco de promover o “ativismo de sofá” nesse tipo de campanha?
Eu não sou contra o ativismo de sofá. Qualquer forma que o cidadão use para se expressar é positiva.

Você vê aspectos da democracia direta nesse tipo de movimento?
Não. Democracia direta ocorre quando a decisão está nas mãos das próprias pessoas. Eu prefiro ver os abaixo-assinados como formas de expressão.

Essas ferramentas online também não podem dar voz e força à intolerância e grupos que estimulam o ódio? Como lidar com isso?
Você está certo. Essas ferramentas online podem ser utilizadas pelas forças da escuridão e do ódio, e elas são! Não há outra forma de lidar com isso além de promover educação e alfabetização digital. E nós devemos também combater as má ideias online e offline.

Discussões na internet e comentários de notícias sempre parecem tender à difamação e agressão recíproca. Por quê?
Lembre que, na história, discursos de ódio floresceram também na imprensa e em jornais. Não é uma especificidade da internet. Isso também não é exclusividade do online: polêmicas sempre existiram. Veja, por exemplo, as propagandas negativas na TV! Pessoas responsáveis devem promover uma conversa civilizada, em vez de demonizar o outro.

Os governos pelo mundo estão dando uma resposta à altura a essas novas formas de engagamento político?
Eu acho que há um crescente senso da importância da esfera pública digital. Em geral, há umamudança no debate público em direção ao mundo digital. De um lado, as pessoas podem debater e se expressar de forma muito mais eficiente com ferramentas digitais. Por outro lado, governos podem hoje ser muito mais transparentes, e os cidadãos precisam exigir essa transparência.

Há um risco de aumento de controle da internet pelos governos?
Claro! Em primeiro lugar, ditaduras, como China, Irã, etc, fazem censura e vigilância de seus oponentes. Aliás, os serviços de inteligência de todos os países tentam analisar os dados criados pelas pessoas . Porém, de forma geral, há muito mais liberdade de expressão com a internet do que sem ela.

As futuras revoluções serão tuitadas?
As futuras revoluções… E as futuras contra-revoluções! Eu anuncio a ciberdemocracia há mais de dez anos. A evolução política em torno do globo provou que minhas previsões estavam certas.

Quais serão os próximos passos da ciberdemocracia?
Primeiro, uma melhora na inteligência coletiva online, uma inteligência coletiva mais reflexiva, mais hábil para conhecer a si mesma. Depois, uma melhor transparência dos governos, como justificativas e visualização das consequências das decisões orçamentárias.

É isso, professor. Você gostaria de dizer algo mais sobre o assunto?
Sim, eu acho que o domínio dos dados e da análise dos dados vai desempenhar um papel fundamental na vida política do futuro

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/link/pierre-levy-nao-sou-contra-o-ativismo-de-sofa/

A diferença entre UX e UI – explicados com cereais

Já conheceu alguém que usa UX e UI? Ed Lea (ilustrador e Design Gráfico) criou um infográfico fotográfico bem explicativo, para definir visualmente as diferenças entre a experiência do usuário e design de interface e como eles se relacionam com o produto.

Quando escola, empresa e jovem não se entendem

No mercado de trabalho, existe uma incômoda conta que não bate. De um lado, os empregadores, cada vez mais exigentes, sofrem com a escassez de profissionais aptos a desempenhar funções específicas. De outro, escolas formam trabalhadores para exercer atividades que não têm boa empregabilidade, o que deixa 75 milhões de jovens desempregados pelo mundo. Para tentar entender o que chamou de “crise da educação para o emprego”, a McKinsey fez um estudo global, o Educação para o Trabalho: Desenhando um Sistema que Funcione, em que entrevistou 4.500 jovens, 2.700 empregadores e 900 instituições de ensino de nove países. Nele, a consultoria traz seis grandes conclusões e aponta a capacitação por meio de Moocs e de jogos como um dos caminhos possíveis para que escolas, empresas e jovens passem a falar a mesma língua.

“Para enfrentar o problema do desemprego juvenil, dois pilares fundamentais são necessários:
 o desenvolvimento de competências e a criação de empregos. Este relatório tem como foco o desenvolvimento de competências, com especial atenção aos mecanismos que conectam educação e trabalho”, afirmam os autores no trabalho. Com essa missão, ao fazer as mesmas perguntas para empregadores, jovens e instituições de ensino, o estudo chegou à primeira grande conclusão: esses três grupos vivem em universos paralelos, uma vez que têm percepções muito diferentes dos mesmos assuntos. Um dos exemplos citados no estudo está o fato de 39% das instituições de ensino dizerem que a evasão dos cursos se devem à dificuldade das aulas, enquanto apenas 9% dos jovens atribuírem a desistência a esse fator.

 

crédito MNSTUDIO / Fotolia.comPesquisa global da McKinsey mostra a falta de sintonia entre empregadores, jovens e instituições de ensino

 

“Muitos atores trabalham em caminhos paralelos em assuntos comuns e não entendem a necessidade de ver isso como um sistema”, diz Diane Farell, diretora da McKinsey e uma das autoras do estudo, no vídeo de divulgação do trabalho. Assim, as próximas duas conclusões apresentadas dizem respeito às disfunções do sistema que une educação e trabalho, que acabam fazendo com que ele seja ineficiente para todos os envolvidos. Entre os obstáculos que impedem uma aproximação mais efetiva estão o custo dos cursos de capacitação e a falta de acesso, por parte dos alunos, a uma aprendizagem prática.

Apesar do cenário sombrio de desemprego juvenil pelo mundo, o estudo tem também boas notícias. “Nós vimos, sim, casos de sucesso. Observamos um ponto em comum em todas as histórias bem sucedidas [de integração da educação e do trabalho]: quando instituições de ensino decidem fazer parte do mundo dos empregadores e quando os empregadores decidem entrar no mundo das instituições de ensino”, afirma Mona Mourshed, diretora da consultoria e também uma das autoras do estudo. “Nos melhores programas, empregadores e instituições de ensino trabalham com seus alunos mais cedo e mais intensamente”, dizem os autores.

Entre as boas práticas encontradas pelos pesquisadores no mundo, as que se mostraram mais escaláveis eram aquelas que contavam com o auxílio da tecnologia. “Algumas vezes as instituições de ensino enfrentam dificuldades para aumentar a escala de suas operações devido a restrições internas de recursos. Por exemplo, a disponibilidade de educadores talentosos pode ser baixa ou variável (…). Ultrapassar essas barreiras requer uma solução que não só tenha baixo custo, mas também que assegure um nível consistente de qualidade. Tecnologia está começando a oferecer algumas respostas”, diz o estudo, que cita os Moocs (para capacitação) e os jogos “sérios” (para treinamento com simulações) como exemplos de com se pode levar formação a um custo baixo a funcionários.

Confira, a seguir, um infográfico com as principais conclusões do estudo.

Principais resultados da pesquisa McKinsey sobre jovens e emprego